terça-feira, 6 de dezembro de 2011

RELACIONAMENTOS (Arnaldo Jabor)



Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?
FATO !

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Reescrevendo a história


Quem nunca teve uma sensação de que as coisas poderiam ter sido bem diferentes? Se eu tivesse feito aquilo de outra forma, hoje tudo poderia ser de outro jeito, os caminhos poderiam ser com menos pedras, a história poderia ser outra. E porque não reescrevemos nossa história? Se tudo que devemos fazer é apagar o passado e começar a rabiscar um novo roteiro. Isso pode acontecer sempre, 1, 2, 3, 4, 5 vezes, quantas vezes forem necessárias para transformar um sonho em uma realidade. O destino as vezes torna as coisas mais difíceis, ele pode ser cruel com a felicidade, vai ter vezes que um vai querer e o outro não e vice versa, os momentos podem ser diferentes, as circunstâncias diferentes, os momentos que a vida nos leva a viver  podem serem opostos entre as duas pessoas. Mas e porque não simplesmente mudamos nossos interesses? Esquecemos essa loucura que se desenvolve por quase 10 anos? Porque sentimos saudades de alguma coisa que nunca conseguimos dar o valor que deveríamos? O que e será isso? Ou como devo chamar isso?
Hoje apaguei as escritas antigas, comecei a reescrever a história, de outra forma de um jeito mais certo, mas coerente, mais calmo, mais racional, porem o destino sempre está lá para tentar fazer com que as histórias não sejam escritas, que elas não tenham um desenvolvimento, que elas acabem no início, que nunca aconteça aquele clichê do final feliz.
Com esses rascunhos escritos novamente só me resta esperar pra um final diferente, um meio mais tranqüilo, uma desenvolvimento com muito amor e um final feliz e pensar que apesar de todas as dificuldades que poderá passar aquela mulher que com o passar dos anos percebemos que seria ela e apenas ela a mulher de nossa vida. O jeito de tocar, de olhar, as atitudes e até os defeitos dela nos dá saudade, o pior é pensar que nada é certo, porém tudo é possível, três meses são 90 dias e esse tempo não mudará nada perto de 7 anos desde o primeiro beijo sem pretensão alguma, que hoje causa um tornado de sentimentos dentro de um coração cansado de errar e que resolver buscar a felicidade de verdade.


                                                                                                                              
                                                                                                                                  1/12/2011 #MM

sábado, 8 de outubro de 2011

A escolha certa é sempre a errada

Sempre li naquelas frases clichês da vida “Somos responsáveis por aquilo que cativamos”. Mas essa frase é a mais pura verdade, mas também inversamente proporcional, que vai de encontro com aquela outra “Quem me quer, eu não quero, mas quero quem não me quer”. São duas coisas certas na vida, em algum momento de nossa existência nessa vida, isso vai acontecer, vai existir “alguém” que vamos quer mais que tudo, mas ela não estará nem ai pra gente, mas também faremos o mesmo com outra pessoa, vamos ser desejados tanto quanto nos desejamos aquele “alguém”, vão sentir a dúvidas sobre o que queremos com ela, será que vamos ligar? Dentre outras tantas coisas que passamos quando é com a gente, alguém sentirá exatamente isso por nós.
Sou da teoria de não criar falsas expectativas. Essa é a pior coisa, esperar por uma coisa que escutamos que iria acontecer e apenas esperar, certa vez escutei em uma sexta-feira quando ficava com uma pessoa que por algum motivo achei que era apta a receber minha atenção que era difícil dela ficar com alguém, que isso era difícil e que quando ficava era porque tinha acontecido alguma coisa, que não era apenas pra dar “uns beijinhos”, ou seja, queria alguma coisa mais seria, seria um inicio de romance? Aquele que eu esperava a muito tempo? Estava convicto que sim. Até um “eu te adoro” eu recebi nessa conversa, definitivamente eu tinha encontrado e pela sintonia de idéias que tínhamos, tive certeza que aquele momento era perfeito para eu abrir o coração para uma nova chance pra sentir as coisas que um dia eu senti.  Mas não duraria muito tempo minha ilusão. Meu “fantástico mundo de Bob” sempre acaba estragando.
Realmente, o excesso de expectativas estraga com qualquer coisa, prejudicam o raciocínio lógico dos fatos. A mente entra em colapso com a realidade, o cérebro não obedece ao que os olhos estão enxergando, culpa do coração que esta necessitando sentir uma coisa que ele sabe que ainda é capaz, mas o problema é que não é uma coisa que lutamos pra acontecer, foi como o temporal, apareceu, molhou e se sumiu e restaram as coisas encharcadas, que está à espera do sol pra secar antes que outra chuvinha apareça e não deixe essa água que existe evaporar, dando continuidade à lei natural da vida.
Por isso eu digo, que viver é difícil, não ensinam em lugar nenhum, temos que passar para aprender. Pode ser 1 vez, 2 vezes, 3 vezes ou até nunca aprender, mas temos que viver e pegar conhecimento. Não precisamos nos preocupar com as pessoas que nós cativamos nada, pois as que nos cativam não são nem um pouco  preocupadas com a gente. Mas também devemos pensar que aquela pessoa que idealizamos a certa pra nós não é a certa, se não estaria aqui comigo, que de repente quem sabe eu não dou uma chance para aquela pessoa que sei que faz tudo por mim, que dá valor pras minhas demonstrações de carinho e para as minhas atitudes? Sem nenhum jogo, sem nenhum mistério! Acho que meu problema é não ver o que me faz bem, a pessoa certa é sempre a errada.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Todo mundo gosta


Já percebeu que hoje em dia falar o que pensa é crime? É claro que ninguém vai sair por aí metralhando verdades doa a quem doa, sem a menor sensibilidade. Isso é feio, indelicado, grosseiro e desumano. Mas se você diz o que pensa, faz um comentário ou emite uma opinião logo é crucificado. Eu sei, eu sei que tem muita gente que não entende uma opinião ou pensamento. Ou porque a inteligência não consegue alcançar ou porque faltou as aulinhas de interpretação de texto ou porque simplesmente não está de bem com a vida.

Respeito é bom, conserva os dentes e todo mundo gosta. É ou não é verdade? Acho que você tem todo o direito de não gostar de mim. Ou de gostar de mim. De concordar com minhas linhas tortas. Ou não concordar com uma letrinha que coloco aqui. Mas, assim como eu devo respeitar você, você deve me respeitar. É mais bonito. É mais legal. É mais educado.

O mundo precisa de educação, saúde, segurança, boa vontade, delicadeza no agir e no pensar. Mas acho que tudo começa pela educação. Ceder o lugar para uma pessoa mais velha, uma gestante ou uma mulher com criança no colo. Sorrir e dar bom dia para o porteiro do prédio, para o caixa do supermercado, para o vizinho de porta. Agradecer, reconhecer, entender o que o outro tentou explicar. Ser atento. Se colocar no lugar do outro. Parece bobo, parece historinha pra boi dormir, mas é verdade. Já experimentou? A vida fica mais leve, com mais cor. A gente se sente melhor dentro da própria roupa, do corpo, do mundo.

Procuro não fazer mal para ninguém. Vivo a minha vida. Se tenho um problema com alguém, chamo em um canto, falo na cara. E se não sei falar (é que nem sempre sei falar), escrevo. Inúmeras vezes escrevi cartas para pessoas próximas dizendo o que queria dizer. É que não conseguia falar. As letras saem melhor, elas dançam sem vergonha alguma. Já eu nem sempre consigo fazer a voz sair. Não gosto de joguinho, rodeio, gosto de ir direto ao ponto, apesar de falar, falar, falar. Indiretas não são legais, não são pra mim. Tem gente que acha que dou indireta. Normalmente é quem não me conhece. Quem me conhece sabe que sou bem irônica e a ironia muitas vezes se confunde com outras coisas. Mas não os culpo. Ninguém tem a obrigação de me conhecer, mesmo porque me mostro para poucos. Mas quem olha no meu olho instantaneamente me vê. Sou transparente. É exatamente por isso que detesto gente que mete os pés pelas mãos, tem mania de perseguição e acha que o mundo gira ao redor do próprio umbigo.

domingo, 2 de outubro de 2011

O Produto do coração

Quando conhecemos alguém, vendemos um produto, fizemos propaganda, falamos todas as qualidades que temos para que a aquisição deste produto seja efetuada. Produto? O ser humano não é um produto, mas algumas pessoas pensam assim, algumas não muitas, quase todas. Mas esse "quase" esta precário no mercado, eu por exemplo, eu nunca encontrei um produto que fosse de meu desejo de conquista, que preenchesse todas as necessidades necessárias para um fechamento de compra.
Esse mercado está cada vez mais complicado, existem muitas falsas promessas, porém não existe um “PROCON” para os sentimentos. Não escolhemos de quem vamos gostar ou o que vamos sentir e por quem iremos sentir.
Podemos sim observar as propostas, estudar e analisar qual delas teremos maior chance de felicidade na aquisição. Esses “produtos” falam coisas que precisamos, falam de como são, da maneira que agem das suas preferências. Assim vamos juntando os pontos positivos e os que realmente têm afinidade com nossas necessidades.
Acho que sou um consumidor burro, acredito nas propagadas, sempre caiu no conto. Mas com o passar do tempo as atitudes, os atos, as demonstrações mudam, onde foi para aquela pessoa que eu julguei que seriam a certa para completar as partes que precisavam de manutenção, os buracos existentes no meu dia?
Quero um “produto” que me liguei, se preocupe se estou bem, que faça seu papel, que se é pra fazer nada, faça nada comigo. Se for pra rir, de risada junto. Em fim aquilo que nos fizeram propaganda, dura pouco, conhecemos as qualidades verdadeiras, descobrimos que não é aquilo que parece tão perfeito, que nos deixa sorrindo sozinho em uma tarde de muito estresse, no final erramos outra vez, será que eu estou enxergando mal, ou minhas escolhas são sempre as erradas? Pareciam tão verdadeiras aquelas palavras, aquele jeito, aquele tom de curiosidade sobre mim. Mas não, sem produtos, sem aquisições, sem preocupações, em toda minha experiência de mercado, passei por varias transações para fechar um negócio e como gosto de falar, não vai ser a primeira e nem a ultima vez que vou quebrar a cara, mas espero o mercado subir, e as ações estarem em alta, um dia algum produto vais ser aquele certo para fechar o negócio e receber todas as coisas as vantagens que pode ter, sem fazer jogos nem atuações, sem mentiras, apenas verdade, sendo a pessoa como ela diz ser.
 Pois de palhaço o circo esta cheio já...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vamos arrumar o Guarda roupa - Caio F. Abreu

"A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça." (Caio F. Abreu)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

COMEÇANDO BEM (Por Clarissa Corrêa)

Segunda-feira. Quando as coisas dão errado procuro rir. De nervoso. De medo da Lei de Murphy. De vontade que tudo se ajeite. Sei lá, acho que quando a gente ri acaba afastando o peso e a negatividade. Ao mesmo tempo que forço o riso sou meio braba. Deve ser a Lua em Leão. Ou minha cara cheia de sardas que lembra uma onça pintada.


Hoje acordei e me enrosquei no edredon. Acabei caindo no chão e machucando os dois joelhos. Quando fui tomar café sujei meu pijama. Quando fui tomar banho bati a cabeça na parede e doeu. Então eu pensei: mais nada pode acontecer. E logo que pensei mais uma coisa aconteceu. Bati o dedinho na cama. Falei palavrões. E comecei a rir de mim mesma.


Isso não é nada perto do resto. Tanta gente sofrendo, tanta gente doente, tanta gente com problemas graves. E me pergunto: você se importa, realmente se importa? Li um comentário aqui no blog a respeito do texto anterior. E tive que concordar. Se eu tivesse falado de qualquer assunto legal teria um montão de comentários. Mas falei de doença. Falei de criança. Falei para você se mover. E as pessoas se calam, se recolhem, ficam na sua. Até quando a gente vai se importar com a própria vida? Quando vamos começar de fato a nos preocupar com o bem-estar do outro?


Não gosto de depender de ninguém. Por mim faria todas as coisas sozinha, do meu jeito. Sei que ele não é o correto e sei que muitas vezes é meio atrapalhado. Mas pelo menos se der alguma zebra eu posso consertar. Pior é quando a gente larga na mão do outro e ele faz uma besteira. Não posso dominar o mundo nem coordenar tudo, eu sei. Muita coisa foge do meu alcance e preciso entender isso. Meu jeito não é o certo, as pessoas são diferentes, repito isso em voz baixa pra ver se fico convencida. Mas não adianta.


Sou chata, gosto de tudo no seu lugar. Quero que as pessoas se importem, acordem, se escutem. A gente tem que se escutar. A gente tem que enxergar o outro. Não apenas ver, mas enxergar, enxergar como um todo. Mas as pessoas vivem preocupadas com as próprias vidas, com dinheiro, status, modismos. Chega a dar medo. Chega a dar um nó no peito. Chega a desiludir. Mas não perco a fé na humanidade. Nem em segundas-feiras melhores.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O OUTRO COMO ESPELHO ( POR Melissa Classen )



POR MELISSA CLASSEN

Talvez a gente nunca saiba quem realmente a gente é, as manias que se tem até conviver com outra pessoa.  É estranho pensar assim, pensar que precisamos de outro alguém para nos conhecermos, ou melhor dizendo, aceitarmos quem somos. Sim, porque o mais difícil é admitirmos alguns defeitinhos, maniazinhas que enquanto não incomodam ninguém a gente vai alimentando, achando que é tudo muito normal e que ‘’eu sou assim e pronto’’. Porém com a convivência a dois percebemos, às vezes até de maneira dolorosa, o quão chatos, maniáticos somos e que o mundo não gira em torno de nós e que, infelizmente, ainda não temos um chip que conste nossas informações pessoais e ‘’modo de usar’’.
Não é simplesmente a pasta de dente apertada no meio, a toalha molhada sobre a cama, a calcinha pendurada no banheiro, são outras coisas que nós não notamos, como  jeito de falar, um olhar de desaprovação, um silêncio que diz tudo, a forma com que se senta na cadeira, atitudes que são desvendadas num choque quando  o outro começa uma frase dizendo; ‘’Tu não te dá conta que...’’ e diz uma coisa que a gente sabe que faz e que ao mesmo tempo negamos e nos fazemos de desentendidos ao sermos confrontados, ‘’apresentados’’ a esses pequenos atos.
Pequeno pra quem age, enorme para quem tem que lidar com isso. Não é muito fácil ter de lidar com um mau humor desde a primeira hora do dia e não saber o que fazer para melhorá-lo. Obviamente a gente pergunta, faz aquela indagação onde a resposta é que a gente fica na dúvida se pergunta de novo para ter certeza, finge que acredita ou tenta adivinhar citando várias coisas que poderiam ser, mesmo sabendo que, naquele momento, porque em algum lugar outro o ‘’nada’’ de ontem se torna algo enorme de uma hora pra outra e traz à tona coisas que nem imaginávamos (é por isso que não adianta tentar adivinhar).
Conviver é uma arte que requer paciência, tolerância e muito bom humor para aturar os dias de cão do outro. Isso não é novidade nenhuma. Poetas, filósofos, cientistas, manicures, garçons, todos sabem disso e há muito tempo falam com grande propriedade sobre o assunto para quem quiser ouvir, mas a gente só aprende na prática, e põe prática nisso.
A verdade é que o outro jamais vai ser da maneira que queremos. Se nós já não somos do jeito que a gente quer ou gostaria de ser, se mal conseguimos mudar um tiquinho de nada a nós mesmos (quando milagrosamente percebemos que é preciso mudar), vamos querer dar um jeito no outro que há anos cultiva seus hábitos, manias e esquisitices? Tenha dó, né!
Como já diz o título do filme, alguém tem que ceder, de preferência os dois, porque um só uma hora cansa.
Entretanto, nem tudo são espinhos, muito pelo contrário. Com o outro aprendemos muito, inclusive podemos somar ao nosso próprio repertório manias (boas e ruins) do outro.
Por mais que a gente tente se enxergar, nosso melhor espelho é o outro. O ‘’espelho, espelho meu’’, não mente nunca (só exagera, às vezes) e é por isso que de vez em quando a gente quer estilhaçá-lo em pedacinhos no chão, mas aí ficamos sem reflexo, o que é bem pior. Então por mais que o espelho nos mostre as imperfeições que nos acompanham pela vida, acredite que é bem melhor do que jamais se ver.
Como eu já falei (e um monte de gente também), bom humor é essencial, então quando o tempo clarear ria do que aconteceu.
Outra coisa que é muito importante: ficar batendo na mesma tecla, falando de algo do outro que nos incomoda todo dia pode piorar a situação. Jeitinho é sempre bom! Tudo na vida tem ‘’jeito e jeito’’ de dizer, então escolha o melhor, deve haver um.
Dividir o dia a dia com alguém, ter alguém roncando do seu lado, reclamando da sua comida, deixando a roupa pela casa, pode parecer estranho, mas é uma das melhores coisas da vida, acredite!

POR MELISSA CLASSEN


domingo, 15 de maio de 2011

Seu amor não é correspondido? Pare de tentar encontrar os motivos... (Por Rosana Braga)

Seu amor não é correspondido? Pare de tentar encontrar os motivos...
:: Rosana Braga ::

Poucas situações na vida são mais angustiantes do que viver um amor não correspondido. No entanto, pouquíssimas são as pessoas que nunca experimentaram algo semelhante. Ou seja, amar e não ser amado é, em última instância, uma dor comum, embora bastante pessoal.

E por que será que ainda assim, sendo tão recorrente e fazendo parte da história de bilhões de seres humanos, continua sendo tão difícil lidar com o fato de que o outro não está a fim de continuar ou sequer de começar um relacionamento com a gente?

O fato é que aprender a lidar com a frustração da não correspondência de qualquer sentimento, especialmente dos mais intensos e profundos, é uma das mais duras e importantes lições de todos nós!

A começar pela capacidade de compreender que a razão de o outro não gostar de você da mesma forma que você gosta dele não tem a ver com quem você é exatamente. Ou seja, você certamente é alguém com qualidades suficientes para ser amado, entretanto, isso não é garantia para que a química de um encontro dê certo.

Quando falamos de amor, desejo e vontade, temos de considerar que sempre existe mais de uma parte envolvida. É a máxima do dito popular que avisa que "quando um não quer, dois não brigam" ou não se amam, como é o nosso caso. Mas os motivos pelos quais uma pessoa não corresponde ao seu amor estão longe de ser passíveis de explicação lógica.

Amamos e não amamos por motivos inefáveis, que não estão ao alcance das palavras ou da inteligência racional. Talvez isso explique por que, algumas vezes, amamos aquela pessoa não aprovadas pela maioria de nossos amigos e familiares. Ou por que, noutras vezes, não conseguimos amar aquela que todos dizem ser a ideal para nós, a perfeita.

Esta é a prova de que ficar se consumindo na tentativa de compreender, logicamente, por que o outro não está correspondendo nosso amor é inútil, ineficiente e só nos faz doer mais ainda. Esta é a prova, sobretudo, de que não ser amado por determinada pessoa não é um veredito, não é uma sentença, não é o fim.

Talvez, muito pelo contrário, seja apenas o começo. Seja a nossa grande chance de descobrir uma alternativa melhor. Sim, porque não prevemos o futuro. Não sabemos o que virá. E por isso mesmo deveríamos confiar um pouco mais no fluxo do Universo.

Certamente, já aconteceu com você de considerar um acontecimento péssimo, desastroso e, depois de alguns dias ou meses, ter se dado conta de que algo muito lindo, maravilhoso e imperdível só aconteceu porque havia o espaço deixado pelo que havia considerado um "desastre".

Enfim, não ser correspondido hoje é ruim, eu sei. Dói. E por isso mesmo, sugiro que você chore, esperneie, desabafe e faça o que for possível, dentro das opções saudáveis, de preferência, para esgotar sua frustração e se sentir melhor. Porém, não se destrua, não se acabe e não tome as circunstâncias como determinantes de sua infelicidade.

Permita-se viver um dia de cada vez, apostando que cada noite que chega significa que você está mais distante da tristeza e mais perto de uma nova alegria. Permita-se acreditar que o sol voltará a brilhar em seu coração mais cedo do que você imagina... E siga o fluxo da existência.

E, assim, certo de que ser correspondido é tão possível quanto não ser, e que essa é uma verdade que vale para todas as pessoas deste planeta - até mesmo para aquelas consideradas as mais lindas e sensuais - levante-se, lave esse rosto, vista-se como se fosse celebrar e faça um brinde a si mesmo, ao amor e ao melhor que está por vir!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Todo carnaval tem seu fim

Tem relacionamentos que quando começam a gente já sabe como vai terminar.
Tem vezes que começamos uma relação sabendo que não vai dar certo.
Sabe aquela coisa de “a gente ta se conhecendo”? Pois é. Chega uma hora que se conhece de fato. Percebe que uma ou outra característica do cara você não suporta, não sabe lidar, não aprova, enfim, se liga que não era o que esperava. Ou não é o que você gostaria para se relacionar.
Aí chega a hora da tomada de decisão e interromper aquilo que nem bem começou. E nem deve, porque você já sabe que não vai ser legal.
E quem disse que a gente consegue?
Então, por excesso de coragem ou de medo, seguimos em frente, só mais um pouco com a desculpa de “pra ver no que vai dar”. Lembrando: lá no fundo já se sabe que não vai dar nada além de incomodação.
Tem que estar chovendo homem na horta ou ter uma dose extra de boa autoestima, segurança e tranquilidade pra conseguir cortar o mal pela raiz. Caso contrário, a gente dá uma empurradinha básica com a barriga. Né?
Só que um belo dia o inevitável acontece e é chegado o limite. Ta na hora de dizer tchau. Terminar o relacionamento no qual você investiu energia e amor. E, obviamente, esse fim é muito mais dolorido. Há mais apego, afinal. Mais história e, agora, tem até trilha sonora.
Os esforços deverão ser redobrados para não ligar, não chorar, suportar a ausência de uma presença que a gente mesmo escolheu, apesar de saber lá no início que mais cedo ou mais tarde esse dia chegaria. Tentando postergar a dor, tornamo-la mais intensa.
Você precisa se lembrar da vida que tinha antes. Lembrar que adora ser solteira. Retomar uma vida sem aquela presença. Precisa se lembrar que adora a possibilidade de escolher o filme sozinha, escolher o que comer, ficar em casa desarrumada, não ter que estar sempre linda e depilada.
Quinze dias de muito chocolate, livros cult cabeça e nada de filmes comédia romântica é um bom começo. Amigos saudosos, dedicação total à outras metas. Mais trabalho, mais estudo. Mais dedicação a si mesma e, como em um circulo virtuoso, chega a hora de voltar a ficar linda e depilada para a próxima balada. A primeira solteira. Aquela em que você fará um esforço enorme pra não se lembrar da ausência. É chegada a hora de sair de casa fazendo todo esforço do mundo pra não criar expectativas de encontrar um príncipe escondido na multidão.
E quando sentir que vai virar abóbora, volta pra casa. Você chegará feliz, com a sensação de dever cumprido, com as forças retomadas. Ou, quem sabe, não tem um príncipe perdido, esperando no estacionamento?
Ponto final.

Por Cissa Baini (11 de Abril de 2011) 

O Ontem e o Hoje

Hoje eu queria falar um pouco de você, que tanto me doeu. Sabe, eu achava que era amor. Na verdade, eu queria que fosse. Fazia uma força tremenda, lutava contra tudo que existia em mim para conseguir ganhar tudo que havia dentro de você. Mais do que te querer, eu gostava da ideia de te querer. Não sei se alguma coisa foi de verdade ou se tudo existiu só dentro de mim.

Acreditei em cada palavra que você disse, em cada olhar que recebi lá no fundo de mim, no fundo dos meus olhos, no fundo do meu sentimento. Então, eu encostava a cabeça em alguma almofada do sofá e, de olhos abertos, ficava imaginando eu, você e nossa vida. E quando ia deitar você era meu último pensamento. E frequentemente eu adormecia com os olhos marejados ou chorando, por querer você por perto e aquela distância insistir em nos separar.

Demorei para perceber que a maior distância não era o fato de eu morar em uma cidade e você em outra, mas a maior distância é que eu tinha meu coração no meio dos dedos e queria te dar. E você fechou as mãos, fechou a cara, fechou a porta. E ninguém me entendia. E ninguém compreendia minhas maluquices. E ninguém se dava conta que meu comportamento era de uma mulher apaixonada, que queria estar perto, junto, que queria uma resposta.

Eu pensava como pode alguém que um dia disse que te queria agir dessa maneira? Fugir? Ser ríspido? Ser violento? Ser ignorante? Magoar e ferir propositalmente? Isso não é humano, não é real, eu repetia para mim. E todo mundo dizia para eu esquecer, para sair dessa, para tirar da cabeça. E você me mandou embora e eu quis ficar, eu queria ficar, meu Deus, como eu queria ficar! Ninguém entendia, nem eu me entendia, mas eu queria ir até o fim, queria ir até onde eu tinha forças, até onde existisse uma fagulha de sentimento. Eu pensava: enquanto existir sentimento vai existir coragem. E eu tinha coragem de sobra. Eu queria ficar. Eu queria você. Eu te queria desesperadamente. Eu precisava precisar de você.


Eu morria de esperança, de sonho e de dor. Vivia sonhando com o futuro, esquecendo de mim, da minha vida, de quem eu era, do presente. Insistia num futuro bom com você. Eu queria que você fosse a pessoa certa, eu tinha aquela certeza e pensava: se eu sofro tudo isso é por uma boa causa, é porque Deus ou Buda ou Alá meu bom Alá vai me recompensar. É porque algo bom está esperando por mim, cheio de sorriso e vida e alegria e tudo que eu quis e queria e vou querer.

Vivia naquele círculo maluco de sofrimento e pequenas alegrias que passavam mais rápido que as estrelas. Existe a realidade e o que a gente queria que fosse. E eu vivia no queria que fosse. Esqueci do mundo real, vivia você, sentia você, queria você. Aquilo me consumia, eu me doía inteira, pensava que era amor demais.


Quando você me repelia eu lembrava "mas aquelas palavras diziam muito". Aquele olhar que você me olhava. Aquilo tudo era real, eu sentia. Me apegava a isso. Era isso que me mantinha viva. Eu pensava é medo, é puro medo, é insegurança, é imaturidade, ele não sabe ser amado. E eu vivia arrumando desculpas para você e para a minha falta de sinceridade comigo mesma.


Então, tudo clareou. Quem ama trata bem. Quem ama pode até brigar, mas volta atrás e pede desculpa. Amar não é aquele sentimento doido que sufoca e quase mata. Isso é paixão. Quem te ama pode até magoar, mas percebe que fez o que não devia e volta e pede perdão e diz olha, eu não fui legal. E me dei conta que desculpas são só desculpas e que se você tem medo e não consegue ser amado e é covarde, problema seu, não meu. Porque eu tô aqui para ser feliz. Tô aqui para ser amada. Tô aqui para viver bem. Tô aqui para dormir encostada no peito de quem me ama. E acordar com um beijo de bom dia de quem eu amo.


Sabe, hoje eu vejo que nunca foi amor. Amor é o que eu sinto hoje. E ainda bem que sou correspondida. Não tem nada melhor do que um amor que é correspondido e é real.
 
 
Por Clarissa Corrêa ( 10 de maio de 2011 )  
"Um pouco do resto".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Felicidade (autor desconhecido)

Hoje em dia ser feliz é o que importa.
E a felicidade é algo bem simples.
Está nas pequenas coisas da vida.
Numa manhã ensolarada.
No cheiro gostoso do perfume de uma flor.
Felicidade é ter uma família bonita, sorridente e unida.
Felicidade é amar as crianças. É ver os filhos brincando saudáveis.
É enxergar além. É ver com os olhos da alma.
É se emocionar com as pequenas coisas.
É sentir a imensidão do universo nos invadindo quando olhamos o desabrochar da rosa.
Ser feliz é ter a certeza do dever cumprido.
É deixar o coração falar.
É fazer uma declaração de amor.
Felicidade é ter brilho nos olhos e acreditar que o melhor está por vir.
É andar de mãos dadas com a pessoa amada.
Felicidade é ter fé. É acreditar no futuro.
A felicidade é uma conquista que vem de dentro.
Lá do fundo do ser. É profunda.
E só você tem a chave para buscá-la e oferecê-la ao próximo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Texto novo - Autor e título desconhecidos

Hoje me dei conta de que as
pessoas vivem a esperar por algo
E quando surge uma oportunidade
Se dizem confusas e despreparadas
Sentem que não merecem
Que o tempo certo ainda não chegou
E a vida passa
E os momentos se acumulam
como papéis sobre uma mesa
Estamos nos preparando para qualquer coisa
Mas ainda não aprendemos a viver
A arriscar por aquilo que queremos
A sentir aquilo que sonhamos
E assim adiamos nossas
vidas por tempo indeterminado
Até que a vida se encarregue
de decidir por nós mesmos
E percebemos o quanto perdemos
E o tanto que poderíamos ter evitado
Como somos tolos em nossos
pensamentos limitados
Em nossas emoções contidas
Em nossas ações determinadas
O ser humano se prende em si mesmo
Por medo e desconfiança
Vive como coisa
Num mundo de coisas
O tempo esperado é o agora
Sua consciência lhe direciona
Seus sentidos lhe alertam
E suas emoções não
mais são desprezadas
Antes que tudo acabe
É preciso fazer iniciar
Mesmo com dor e sofrimento
Antes arriscar do que apenas sonhar...


Posso ter defeitos, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é dar um novo rumo a sua vida, sempre com fé de que tudo ira mudar.