terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma


Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

O Amor é...


O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim. O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. O amor castiga-te. O amor compensa-te. O amor é um prémio e um castigo. O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. O amor é alegria. O amor é tristeza. É ciúme, orgasmo, êxtase. O nós, o outro, a ciência da vida.
O amor é um pássaro. Uma armadilha. Uma fraqueza e uma força.
O amor é uma inquietação, uma esperança, uma certeza, uma dúvida. O amor dá-te asas, o amor derruba-te, o amor assusta-te, o amor promete-te, o amor vinga-te, o amor faz-te feliz.
O amor é um caos, o amor é uma ordem. O amor é um mágico. E um palhaço. E uma criança. O amor é um prisioneiro. E um guarda.
Uma sentença. O amor é um guerrilheiro. O amor comanda-te. O amor ordena-te. O amor rouba-te. O amor mata-te.
O amor lembra-te. O amor esquece-te. O amor respira-te. O amor sufoca-te. O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz.
O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

EU QUERO A SORTE DE UM AMOR LOUCO




Isso mesmo. Amor desatinado por amar sem limite, sem medida, sem preocupação com o saldo, nem nada mais. Quero um amor biruta e sem juízo, doido varrido, desses que toca a campainha no meio da madrugada, que faz juras de amor numa segunda-feira às seis da manhã. Que larga tudo, enfrenta o chefe e um trânsito insano só por algumas horas de grude.Quero anomalia sentimental, um amor amalucado, sem tempo ruim, que me leve pela mão em incríveis aventuras, que chute barreiras e gente do contra. Com sabor de sal e cheiro de maresia, procuro um amor viril e corajoso, que seja audacioso e vivaz, sem cabresto, correndo solto, desenfreado. Comigo. Junto à mim. Amor do tipo que arranca o fôlego e tira o prumo, que faz suar e tremer, que ferve o sangue e dá calafrios. Tudo ao mesmo tempo.
Nesses dias em que todos andam por aí sorrindo e desejando um feliz ano novo, eu quero mais é que me roguem um amor desvairado! Então, esperançosa, eu retribuiria de volta: Pra você também, um romance bem caprichado, nada equilibrado, com mil loucuras à dois! E assim, nossos desejos de amores delirantes e afoitos se multiplicariam feito coelhos na mata. É que de gente sã e comedida o mundo está cheio, e cheia, também, estou eu de tanto amor vazio.Ah, bem que poderia ser assim! Esse positivismo dentro de cada um de nós, dia e noite, vida afora, sem importar se é dia santo, feriado ou domingo chuvoso!
Confesso que estou esperançosa, afinal, se existe a tal da lei do retorno, já é hora de que um amor extraordinário cante à minha janela! Porque nunca fui de romper corações a torto e a direito, e ainda por cima, faz tempo que venho sendo premiada com modéstia amorosa.
Chega. Não quero sensatez, amor conciso, nem nada que caiba nas minhas mãos. Já não me contento com migalhas de afeto, súplicas de tempo e compromisso, nada disso. Mendigar carinho e atenção não preenche nenhum buraco, muito pelo contrário, só faz cavar mais fundo o poço do amor próprio. Quem vive com pouco, na expectativa do muito, sofre por sobreviver precariamente na miséria de sentimentos.
Nada mais sábio que o velho ditado: Antes só do que mal acompanhado. Porque se não for pra ser inteiro, que não seja. Não dá para ser consentido com as questões do coração. Pequenice não sustenta alma densa, gente intensa, amor de portão. É por essas e outras que eu digo e repito, que bato no peito e firmo o pé:
Eu quero a sorte de um amor louco!!!
(Revista Bula)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

2015 pra frente!

Iniciando 2015 com pé direito, com sensações de coisas boas, vibrações positivas. 2014 foi ótimo, muitas mudanças e reviravoltas, mas sempre visando a minha felicidade e a felicidade de quem convive comigo. 
Esse ano que passou foi cheio de altos e baixos, trabalhei pra caramba  em um lugar com uma paisagem lindíssima mas eu não era feliz porque estava longe das pessoas que gostava de verdade, voltei pra minha terrinha, conheci uns parceiros novos"vamo time" e mantive os que já tinha "grupo de apoio". 
Me restabeleci de novo e segui em frente, nem tudo dava certo como eu esperava, mas nunca desistia. Agradeço ao apoio dos meus pai e amigos que sempre me apoiaram em todos os momentos e todas as minhas decisões e inesperadamente um mês e uns dias antes da virada do ano, conheci a pessoas que fez eu acreditar que algumas coisas dentro de mim ainda são possíveis, me mostrou e fez eu entender que gostar das qualidades é fácil, mas importante é aceitar os defeitos, aprendi a falar o que sentia e me expressar se não curtia algo, as adversidades que foram encontradas, foram vencidas, agora é só curtir e aproveitar o 2015.
Feliz ano novo e um ótimo 2015.